Não há organização sem processos, assim como não há organização sem clientes. Isto, porque os clientes são a razão de existir da organização e os processos o que permite à organização realizar e entregar ao cliente os produtos e serviços dos quais ele precisa e pelos quais está disposto a remunerar. Embora o mercado seja cada vez mais exigente em termos de qualidade, instável do ponto de vista de requisitos e competitivo, o nível de evolução das organizações com respeito à visão dos seus processos é bem diversificado. O desempenho dos processos, na maioria das vezes, nem chega a ser medido.
Este parágrafo foi escrito há pelo menos 5 anos e o que mudou de lá para cá? Praticamente nada até chegarmos a este ponto de isolamento social, parada temporária de produção, comércios fechados e prestadores de serviços impedidos de efetuar seus atendimentos.
O gerenciamento de processos é o que permite entregar produtos e serviços ao mercado da forma como são pedidos (eficácia) e no tempo e preço competitivos (eficiência). Para isso, a solução de Reorganização de Processos tem como objetivo dar à organização flexibilidade para mudar suas regras de negócio de maneira ágil e segura, e de maneira alinhada à estratégia organizacional. Trabalhando nos processos, a organização terá mudanças de forma consistente e integrada.
Faz parte dessa solução a identificação da motivação para a mudança, o levantamento da situação atual dos processos e a identificação de seus problemas.
Aqui chegamos no ponto da virada organizacional. Hoje, ou a empresa faz essa mudança ou não haverá amanhã. Agilidade, iniciativa e uma boa dose de coragem no planejamento são requisitos essenciais para enfrentar (sim, no literal sentido da palavra: combater de frente) esse momento intenso de incertezas, insegurança, medo, etc.
Sair da “caixinha”, pensar diferente, ter a obrigatoriedade de ser criativo e, fundamentalmente, planejar, planejar, planejar. E criar e se colocar em novos nichos.
Nos últimos 80 dias, o que observei de maneira muito intensa, principalmente na área de alimentos, vários estabelecimentos de nossa região, que sempre ignoraram a entrega expressa de alimentos, se movimentando de maneira rápida para se inserir neste nicho. Algumas com mais outras com menos sucesso.
Outra observação que ficou muito clara foi a constatação que nossos empresários, em muitos casos, atua de forma muito imediatista e, por isso mesmo, neste momento, está vendo seu negócio afundar sem ter o que fazer porque ele está descobrindo que o mundo da tecnologia, do e-commerce, e da digitalização não é algo em que você estala os dedos e ele começa a faturar. Nesse ponto, muitos “erraram na mosca”!
Teremos novos tempos pela frente. A normalidade será outra, a comunicação e os negócios vão mudar. Talvez não de forma tão drástica como muitos veem afirmando, mas os novos tempos chegaram e, pasmem, já estão virando coisa do passado.
Na educação sentiremos os maiores impactos? Provavelmente sim. As desigualdades se escancararam, muitas escolas (as pequenas principalmente) dificilmente sobreviverão na estrutura atual de funcionamento. A resistência ao ensino remoto deve diminuir, e muito. Mas, num primeiro momento, devemos estar atentos à qualidade do que será ofertado ao mercado.
Devemos fazer a reorganização dos processos de modo a definir aonde a organização quer chegar. Para isso, as ações são planejadas no ritmo adequado à organização e é dado apoio à organização para a realização das ações no plano de transição. Talvez, descubramos que o tempo necessário para estas mudanças, não seja o suficiente para muitos.
Mas, o mais importante, é não vermos este momento como uma barreira só com dificuldades e sim vejamos o momento como uma excelente janela de oportunidade para nos reinventarmos sem medo de errar, de corrigir nossos enganos e de mudarmos nossa rota, nossa área, nossa empresa.
Ou seja, se você acha que pode: Mude, reposicione, reinvente, arrisque. Quem disse que você não pode?
Lembre-se: O Dom é Saber!