No artigo anterior, iniciamos nossa jornada sobre o Associativismo e Cooperativismo dando uma pequena introdução sobre a importância de unirmos nossas forças empresariais com um objetivo comum: ter sucesso no mercado resultante de um crescimento forte, sustentado e perene de grupos de empresas associadas ou cooperadas. Nesta segunda parte, vamos dar mais um passo e conceituar e diferenciar Associativismo e Cooperativismo.
O associativismo constitui-se em um novo setor na economia que está sendo denominado como uma “economia social” ou, simplesmente, terceiro setor. Manifestando-se por atividades de movimentos sociais na figura de ONG’s, grupos sociais organizados em nível do poder local, tal economia caracteriza-se por ter fins públicos não voltados para o lucro.
O associativismo envolve as várias possibilidades de cooperação organizada entre pessoas físicas, para a realização de um determinado objetivo, e, embora a cooperação corresponda a figuras organizacionais de associação entre pessoas (físicas e jurídicas) previstas em lei, o associativismo pode ser ou não legalizado.
A ideia é que o associativismo possa reduzir desigualdades políticas, como o privatismo e os processos decisórios racionais e centralizados, característicos da “sociedade política”, além de proporcionar uma maior compressão das desigualdades sociais. O novo associativismo tem estabelecido relações contraditórias com o “antigo”, pois advém dos movimentos sociais populares (na maioria urbanos) dos anos 70 e 80. O associativismo do terceiro setor é pouco ou nada politizado, na maioria das vezes, avesso às ideologias, e relacionando-se mais às políticas neoliberais.
Com o associativismo, criam-se redes empresariais flexíveis como solução para um aproveitamento de todo o potencial do pequeno empreendedor, e, com isso, o cooperativismo e o associativismo surgem como mecanismos de sobrevivência empresarial.
Já o cooperativismo pode ser conceituado, segundo o seu sentido doutrinário, como a correção do social pelo econômico por meio de associações de fins predominantemente econômicos. A classificação das cooperativas envolve três grandes categorias: de produção, de consumo e de crédito. E dentro do enfoque econômico, podem ser: de fornecedores, de clientes e de trabalhadores.
O conceito de cooperativa, apresentado no Congresso do Centenário da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Manchester, Inglaterra, 1995, foi o seguinte: “É uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos seus fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante”.
Portanto, a ideia de uma cooperativa é a da constituição de uma economia que se contraponha à lógica do lucro, na qual o trabalho e a geração de renda estão acima da necessidade de geração do excedente, e todos são sócios do negócio, decidindo juntos todas as ações do empreendimento.
Na próxima parte, falaremos um pouco sobre Estratégias Associativistas e Cooperativismo para o Terceiro Setor: A Economia Solidária.
Lembre-se: O DOM É SABER!!!
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